Veneza é aquela cidade que causa impacto a quem visita pela primeira vez.Causa!
E apesar das atrações turísticas serem isso, locais que
todos os turistas visitam, sentimos que temos de ver todas, sempre com a
sensação de sermos os primeiros a fazer uma descoberta.
Numa segunda visita, passamos ao detalhe, aos pormenores
únicos que nos passaram despercebidos numa primeira, e que agora pensamos como
é que isso foi possível.
Pelo caminho, lojas que são verdadeiras explosões de vidro colorido,
umas à espera dos turistas outras de um público mais sofisticado, mas todas
elas iluminam os passeios com um brilho muito próprio veneziano.
Já no imponente Palácio dos Doges nada puxa mais pela nossa imaginação que fazer o “itinerário secreto”.
Esta é A visita que tem mesmo de ser feita. A partir de um pátio luminoso, uma pequena "porta" conduz-nos para os espaços húmidos e estreitos das celas dos "pozzi", as prisões escuras e inóspitas onde os prisioneiros viviam (um deles Casanova) e à sala dos inquisidores. São quilómetros de corredores estreitos que se espalham através de várias salas numa viagem pelos séculos.
E quem viajar no Inverno para Veneza pode ainda conhecer no local um fenómeno que existe desde tempos imemoráveis: Acqua Alta. Porém só acontece quando os elementos se ‘unem’: maré alta e grande pluviosidade.
Dada a sua regularidade é encarado por lojistas e residentes com muita naturalidade (a menos que a àgua ultrapasse os 90 centímetros de altura). Os andares inferiores têm revestimentos resistentes à água, mármores e outro tipo de pedras nobres, quanto ao mobiliário este é facilmente amovível para as esperadas inundações.
Quando acontece, os níveis de água começam por subir de forma notória nos canais e rapidamente se estende um fino lençol de água por toda a Praça de S. Marcos e margens circundantes. Aqui confesso que não vinha preparada e não molhei mais que as solas das botas…
... depois, não esperámos mais, e partimos para o
nosso próximo destino!
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