Bolonha: La grassa, La dotta, La rossa


È vero, Bolonha é conhecida como La grassa pela culinária, La dotta pela universidade mais antiga do mundo, em funcionamento, onde poetas como Dante, Boccaccio e Petarca foram professores e por fim, La rossa pelo tom avermelhado dos seus edificios.

Outra alcunha era la turrita (a cheia de torres), pois houve uma época em que duzentas torres aqui existiam. Hoje restam poucas e as mais famosas são a Garisenda e Asinelli, localizadas no centro histórico, no fim da Via Rizzoli, e que fomos ver de perto.


A torre mais baixa (Garisenda) tem 48 metros de altura e uma inclinação 3,22 metros razão pela qual não pode ser visitada. À torre mais alta (Asinelli) com 97,20 de altura, pode-se subir ao topo (para quem tiver coragem de enfrentar quase 500 degraus em pedra) e possui uma inclinação de 2,23 metros. É graças a estes graus de inclinação que também elas ganharam uma alcunha: As torres pendentes!

Em redor, e por todo o centro histórico, as ruas têm características únicas. Ruas estreitas de infindáveis arcadas, cada qual com uma arquitectura distinta merecedora de um olhar mais atento. Como curiosidade contaram-nos que todas estas arcadas perfazem quarenta quilometros de elegantes pórticos, o que permite num dia de chuva caminhar pela cidade sem nos molharmos ou usarmos chapéu de chuva.


É numa destas ruas sui generis, a Via Zamboni, a mais emblemática da cidade, que ficam espalhados os edifícios da universidade da cidade.


O pulsar do centro histórico é a emblemática Piazza Maggiore, quadrangular, rodeada por belos edifícios, alguns deles medievais. Foi o local a partir do qual a cidade se expandiu e, ainda hoje, é onde os principais eventos acontecem.  

À semelhança de muitas cidades italianas Bolonha é uma cidade com inúmeras igrejas. A mais emblemática é a Basílica de Santo Stefano, que integrava. um conjunto de sete igrejas, construídas entre os séculos XI e XI, e que formavam a reconstrução simbólica dos lugares da Paixão de Cristo. Chegaram aos nossos dias apenas três destas igrejas.

Não obstante esta herança histórica a cidade revela-se cosmopolita e alegre. É surpreendente a harmonia entre o antigo e o moderno. Por um lado Bolonha é história, arte, música, arquitetura e culinária, por outro tem vida noturna, bares cheios e muita vibração contagiante nas ruas. 

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