Uma cidade conhecida por ser uma famosa praia do Adriático, mas como imaginam, à noite e em Dezembro, não fomos comprovar essa faceta. Mas para jantar foi a opção certa, pois mesmo no Inverno, são muitos os restaurantes abertos.
O mais curioso foi, apesar de não nos termos alongado em explorações urbanas e só termos andado em duas artérias ainda assim, a história e o passado caíram-nos ao colo.
Quando descemos a Via IV Novembro encontrámos vestígios da antiga igreja medieval de Sant’ Innocenza e San Michele in Foro.
Chegados à Piazza dei Tre Martiri, assim denominado em memória de três jovens (Mario Cappelli, Luigi Nicolò, Adelio Pagliarani) executados aqui em 1944 deparámos com a Torre do Relógio, construído em 1547 e que deu à praça a sua forma e tamanho atuais. Além do relógio, a partir de 1750 a torre também exibe um mostrador com calendário, movimentos do zodíaco e fases da lua.
Houve ainda tempo para descobrir o Tempietto di Santo António. Reza a lenda que no início do século XVI, uma pequena e curiosa capela foi construído em memória de um milagre que ali teria acontecido. Após o terremoto de 1672, foi alterada a sua aparência original e devido a várias restaurações, actualmente, tem a forma octogonal, rodeada por colunas e forrada a mármore.
Os italianos chamam-lhe "o famoso milagre eucarístico de Rimini”, ou o "milagre da mula”. Considerando que foi a primeira vez que ouvi esta história pode não ser assim um milagre tão famoso, mas aqui vai tal como me relataram:
O milagre aconteceu quando Santo António foi desafiado por um individuo de nome Bonovillo para provar que a doutrina sobre a presença real do Corpo de Cristo na comunhão era verdadeira e fez-lhe um desafio: "Irmão! Digo-te diante de todos: acreditarei na Eucaristia se a minha mula, que deixarei sem comer durante três dias, escolher a hóstia em vez do feno que lhe darei.” Se tal acontece-se ele próprio se converteria.
O encontro foi marcado na Praça Grande (agora Praça dei Tre Mártiri), atraindo uma multidão enorme de curiosos. No dia combinado Bonovillo apareceu com a mula e com uma cesta de feno. Chegou Santo António que, depois de ter celebrado a missa, trouxe em procissão a hóstia consagrada dentro do ostensório até a praça.
Diante da mula, Santo António terá dito: “Em virtude, e em nome do Criador, que eu, por mais indigno que seja, tenho realmente nas mãos, te digo, ó animal, e te ordeno que te aproximes rapidamente com humildade e o adores com a devida veneração.”
O animal, apesar faminto, deixou de lado o feno e aproximou-se para adorar a hóstia consagrada, de tal modo inclinou os joelhos e a cabeça que provocou a admiração e o entusiasmo dos presentes.
Um relato tão curioso quanto a pequena capela
Por isso vos digo,
tudo isto e só vimos duas ruas. O que seria se tivéssemos dado a volta à cidade.
Acho que vamos ter de voltar!
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