San Marino

 

A centro e trinta quilómetros de distância, San Marino é visita obrigatória para quem está em Bolonha.

Um país com tanto de pequenino como de montanhoso, e também um dos mais antigos do mundo, empoleirado na encosta do Monte Titano, o que se traduz em ruas inclinadas, estreitas de paralelepípedos. A circulação automóvel é limitada, pelo que, se começarem pela capital, como nós, preparem-se para deixar o carro à entrada da cidade.

A história remonta ao ano 301 d. c. quando Marino fugia às perseguições romanas e se refugiou no alto do Monte Titano. Como, ao longo dos séculos, o país foi miraculosamente salvo de ataques bélicos e catástrofes naturais o seu património, de que se destaca a cidade antiga medieval fortificada, chegou praticamente intacto até aos nossos dias, tendo sido reconhecido, em 2008, pela Unesco, como Património da Humanidade.

Em virtude de acessos ingremes, penosos para quem aqui mora ou trabalha, foi construído um teleférico que leva residentes e turistas de Borgo Maggiore até à Citta di San Marino. A subida de 166 metros é feita em menos de 2 minutos e permite-nos admirar o panorama de mais de 200 quilômetros da costa do Adriático.

Foi assim que também nós chegámos ao centro da Città di San Marino, de estilo medieval, apesar de não ter sido todo erguido nessa época. Com algum pesar encontramos um centro sufocado por inúmeras lojas duty free que vendem até armas como souvenires. É preciso ver por debaixo destas bugigangas, estar atento pois ainda é possível a descobrir beleza real e o caráter sui generis deste micro país.


Foi essa descoberta que iniciámos ao entrar no castelo onde começa o “passo das bruxas”. Um caminho fasciante (combinação de degraus e rampas) que liga as Três Torres, o símbolo turístico de San Marino e que não desilude.

Localizadas em três picos do Monte Titano apenas duas torres estão abertas ao público: A Primeira Torre - Rocca ou Guaita que além de ser a torre maior, com 739 metros de altura, é também a mais antiga. Chegou a ser utilizada como prisão dada a sua solidez e dimensão. A Segunda Torre - Cesta ou Fratta, actualmente o Museu de Armas Antigas, onde estão expostos inúmeros exemplares de armas de séculos passados, que nos contam a evolução do pais em termos bélicos. Finalmente a Terceira Torre - Montale a menor das três, e que está encerrada ao público.



A importância história e arquitetónica das Três Torres é inegável, porém tenho que destacar  as muralhas que as ligam e que oferecem uma vista panorâmica impressionante que não nos deixa por a maquina fotografica na mochila.

Dica: Há quem aconselhe a visita nos meses de verão. A nossa viagem foi no Natal e a neblina conferiu um ar ainda mais autêntico a todo o ambiente medieval. Outra a vantagem foi podermos escolher um restaurante calmo com vista panorâmica para as escarpas vertiginosas da montanha. Evitem apenas os meses de nevão, pois efectivamente nessa altura algumas das estradas são cortadas e o teleférico pára.


Dica: Calçado confortável preparado para calçada medieval, muitas subidas e degraus de todos os feitios e tamanhos.


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