Bem, o que fazer numa cidade em estado de sitio, com a tropa na rua e a desconfiar que todos éramos terroristas?
Corria o boato que o próximo alvo seria a Tour Eiffell.
E que tal esquecermos este ambiente? Também não vamos deixar que os "gajos" nos estraguem as férias.
A Halcon, para completar o excelente trabalho realizado até à data, reservou-nos, em Paris, o Hotel Monmarte III. Um hotelzinho de três estrelas com uma a despregar-se. OK, vamos mudar de agência.
Mas nada disto nos vai estragar as férias. Hoje vamos visitar o Hôtel National des Invalides. Da última vez tinha ficado com curiosidade, mas não houve tempo.
Trata-se de um enorme monumento, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje recebe vários túmulos militares e é sede de vários museus.
Entre as personalidades ilustres, aqui sepultadas, encontra-se Napoleão Bonaparte, assim como o coração de Sébastien Le Prestre de Vauban, ilustre arquitecto militar francês, que criou, uma série de fortificações, tornando o reino impenetrável.
A capela do Hôtel des Invalides, foi elevada à categoria de Catedral, sendo a sede do Bispo Católico dos Exércitos.

A planta geral do edifício é simples: uma cruz grega inscrita num plano quadrado. Napoleão I repousa sob a cúpula, da Catedral, na companhia dos seus dois irmãos, Joseph e Jérome .

A cúpula dourada dos Inválidos constitui um dos pontos de referência da paisagem parisiense.

A norte, o pátio prolonga-se para além dos limites do edifício através de uma grande esplanada , ao longo da qual se encontram as embaixadas da Áustria e da Finlândia, a gare de Orsay e o Ministério dos Negócios Estrangeiros. No final desta esplanada, o Sena é atravessado pela Ponte Alexandre III, chegando-se ao Petit Palais e ao Grand Palais.

O Musée de l'Armée, deu-nos matéria para um dia de visita. Dividido em 7 sectores: Armas e armaduras antigas, Moderna (período 1648-1792), Moderna (período 1792-1871), guerras mundiais, artilharia, insígnias e pinturas, esculturas, gravuras gabinete, desenhos e fotografias, as suas salas parecem não ter fim.
Chegámos pelas onze horas e tivemos uma visita demorada até às 17h, só interrompida para almoçar uma lasanha no restaurante do museu.
Após estes anos, duas impressões perduraram na minha memória: um imenso depósito de sapatos, pertencentes às vítimas do Holocausto e o facto de termos feito a visita sozinhos.
Bem… sozinhos até ao almoço… depois, um gendarme, acompanhou-nos de perto, mesmo muito de perto, durante toda a visita. E quando digo TODA A VISITA, quero dizer TODA!!!! E quando digo de perto, refiro-me a 2 ou 3 metros!
A princípio não demos importância, mas depois de duas horas, convenhamos, nem que ele fosse um Adónis… começava a enervar…
Foi aí que tivemos uma certeza: Ou temos um ar muito simpático, e ele queria ser nosso amigo, ou um ar muito ameaçador, e de repente podíamos sequestrar um canhão e fugir com ele.
Bem, Mr. Le Gendarme, tome lá estes 2 francos para beber um café e obrigada pela visita guiada.
À bien tout!
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