Moissac


Despedimmo-nos de Midi-Pirinéus, e de terras, francesas, com uma breve visita a Moissac, a uns escassos 70 quilometros de Toulouse, uma cidade que cresceu entre encostas ensolaradas, nas margens sombreadas do Rio Tarn.

Sita em Tarn-et-Garonne, a pequena cidade está integrada numa paisagem dominada por pomares e vinhas AOC Chasselas. Como me explicaram no local estas uvas brancas fazem parte da história da Moissac desde o início do século XVIII. Foi a primeira fruta fresca, em França, a obter, em 1971, a Denominação de Origem Controlada (AOC).


A cidade não é muito grande e o visitante tem no centro quase todos os motivos de interesse. Na praça de Durand de Bredon estão curiosas estátuas de Jean-Louis Toutain: Les Tricoteuses. Figuras femininas de generosoas formas, são objecto das mais imaginosas fotografias por parte dos fotógrafos amadores.


Aqui é também um importante caminho de Compostela desde a Idade Média, e tem na Abadia de Saint-Pierre um complexo arquitectónico religioso que se destaca pelas extraordinárias esculturas românicas, como o portal e claustros, tendo sido classificado como Património Mundial pela UNESCO. Alguém me disse que a abadia também se podia chamar As Pedras que Falam!


Depois acontecem sempre aqueles episódios que dão cor aos relatos de viajantes. Por vezes até coloridos demais. Desta feita foi um casamento que aconteceu no Hotel de Ville e que acabou com um desfile automóvel a alta velocidade enquanto os participantes emitiam gritos lancinantes e mostravam armas… são culturas!!!



Talvez pelo susto de tão insólita e indesejada experiência acabamos por nos perder nas ruelas da cidade, o que até foi estranho pois a cidade Não é grande. Mas a simpatia e disponibilidade do sul de frança fez-se sentir e até um croqui nos fizeram… desenho que guardo até hoje no meu baú das memorias.

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