Enviada Especial... Ginka

MADRID

Foram só dois dias os que reservei para conhecer Madrid.

De Lisboa a Madrid, com paragem na estação de serviço junto à central nuclear, já em Espanha.

Eu bem discordei de comer lá, mas a minoria não vence numa democracia. Por isso, lá foram pedidas tortilhas, pão e cerveja. Em cada garfada só pensava na possibilidade de as galinhas que tinham posto os ovos terem duas cabeças e outras aberrações do género.

Ao entrar no carro foi introduzida a morada do hotel no GPS. A Carolina, a nossa assistente de bordo, esteve então todo o percurso a despejar conselhos sobre o melhor trajecto a seguir: “Saia na saída” – o aparelho, de tão evoluído que era, dava abundantes mostras de saber o que era um pleonasmo.

Demorámos cerca de seis horas a chegar ao hotel, porque alguém não introduziu no dito cujo a morada correcta. Acabámos, por causa disso, à porta principal de uma discoteca africana nos arredores de Madrid. Bem discordávamos das indicações da Carolina, mas ela insistia que a saída era aquela. Mas a culpa até que não foi dela. Foi mais da sua “competente” programadora que trocou apenas uma letrinha – o “y”pelo “i” -, o suficiente para levarmos um bom tempo extra para darmos com a entrada certa para Madrid. Como não podia deixar de ser, também apanhámos umas belas filas de trânsito.



Conseguimos ficar mesmo no centro da cidade graças à localização do Hotel Hesperia Madrid. Mais exactamente na simpática unidade que é vizinha da embaixada portuguesa, na Calle López de Hoyos, n.º 4.


Chegámos tão tarde que fomos logo para a cama. O quarto tinha computador com ligação à Internet. No sábado, começámos o dia bem cedo. Depois de um belo pequeno-almoço, tipo buffet”, era tempo para conhecer as redondezas.

Percorrendo as principais ruas da capital espanhola, deparámo-nos com muitas lojas onde estavam à venda artigos de algumas das grandes marcas de estilistas bem conhecidos à escala planetária. Ajudada pela minha carteira, e em muitos casos por meras razões estéticas, o meu espírito consumista estava em baixa. Devorando tudo com os olhos, limitei-me, nesta fase, a comprar uma bela agenda para oferta.


No meio de tanta roupa, encontrei uma loja de chocolates que vendia o respectivo produto em latas de sardinha. O chocolate também se apresentava na forma do peixe. Uma originalidade à qual a carteira nem esboçou resistência.
Como não podia deixar de ser, o almoço avançou sobre tapas. Maravilhosas tapas. Várias combinações, todas superlativas.

A tarde foi reservada para passear pelas ruas da parte mais antiga da cidade. Fui descobrindo pelo caminho espaços com banda desenhada, livros e música. Na Plaza de España, estava montada uma tenda que albergava uma pequena feira do livro. Madrid é realmente uma cidade cosmopolita, onde há sempre qualquer coisa a acontecer.


Gostaria de ter experimentado o metro da cidade, mas optámos por andar a pé. O que se revelou bastante gratificante, pois os passeios são amplos e nunca estão ocupados por carros estacionados de forma selvagem.


Para um peão como eu, surpreendeu-me a forma civilizada como fui tratada nas ruas da capital de Espanha. Nas passadeiras tinha realmente prioridade. Os automobilistas madrilenos param para os peões passar. Outro facto que me surpreendeu, até pela grandeza da cidade, foi não ter encontrado um único carro estacionado nos passeios, nem sequer em segunda fila. As ruas estavam limpas e os canteiros arranjados.



Para quem gosta de uma cidade cosmopolita e de andar à deriva a tomar o pulso à cidade, Madrid é realmente um belo destino. Cheio de opções, tanto na vertente mais clássica, com os museus à cabeça, como nas novas ofertas urbanas que se espraiam pelas ruas.




No domingo, dia de regresso à lusa capital, houve ainda tempo para dar um último e pequeno passeio pelo centro da cidade. As primeiras impressões continuaram a confirmar-se e a máquina fotográfica voltou a não ter descanso.


By Ginka

1 comentário:

Ginka disse...

E tenho mais fotografias. Adorei. Vou repetir.