Cani di Pompei

Um dos projectos mais bonitos que vi por essa Itália fora.

Na época áurea de Pompeia, os cães ocupavam um lugar de destaque sendo motivo de muitos dos azulejos que sobreviveram à tragédia. Mas hoje os seus descendentes também aqui têm o seu papel de destaque!

Durante as últimas décadas as pessoas iam abandonar os cães, durante a noite naquele local, e eles sem escolha e desorientados acabavam por se abrigar nas ruínas.

Sob o olhar complacente, e até protector dos guardas do parque arqueológico, eram alimentados pelos turistas que lhes davam parte dos lanches que levavam e havia até quem chegasse a comprar refeições nos restaurantes para eles.

Mas isto não era o suficiente para serem saudáveis e felizes. Na lógica que todos os animais merecem ter um lar e um dono, as autoridades de Pompeia anunciaram uma nova iniciativa para fazer com que todos os animais errantes de Pompeia fossem adoptados.

Voluntários de três das principais instituições de animais da Itália, a LAV, a Autoridade Nacional de Proteção Animal e a Liga Nacional de Proteção Canina, após a vacinação e esterilização, chiparam os animais, e cada um teve direito à sua coleiras e placa identificadora com nomes pomposos como Meleager, Odone, Plautus, Vesonius, Polibia, Licinius, Eumachia ou Caio.

Foram construídos, numa das extremidades do parque arqueológico, abrigos adequados e os voluntários alimentam em permanência estes simpáticos cães com boa e abundante comida.


A ideia era, depois de todo este processo, os cães serão colocados para adoção num site designado www.canidipompei.com. para, em qualquer parte do mundo, um interessado depois de avaliado pelo projecto como uma pessoa responsável pudesse adoptar um pedaço de história aconchegante, fofo e adorável.


Acontece que o site não existe, nem existirá, porque depois de todo o processo, para os responsáveis do parque e para os voluntários eles já eram família e parte integrante do local.


E é assim, que o Caio e os seus companheiros já não são cães errantes, mas bonitos animais, um verdadeiro cartão de visita, que preguiçam o dia todo e, quando lhes apetece, usufrem da festas dos turistas.

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