Afastando-nos um pouco mais da Florença, cerca de 70 quilómetros, chegamos a Siena.
Quem viaja no Inverno sabe que se arrisca a que, de vez em quando, caía um pinguinho do céu. Foi o caso. Uma chuvinha que foi condicionante, mas não impossibilitadora.
Recordo um centro histórico escuro, com construções ingremes em tijoleira vermelha escurecida pelo tempo e de ruas estreitas quase a fazerem apelo à imaginação. Percebe-se porque foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO
Todas estas ruelas terminam na Piazza del Campo que, em antagonismo às ruas estreitas, é uma das maiores praças medievais que chegaram aos nossos dias bem preservadas. É também um praça, tristemente famosa, por ser o local onde acontece o Palio de Siena uma famosa e cruel corrida de cavalos. Tivemos o cuidado da nossa visita não coincidir com este evento.
A primeira impressão do local é que tem uma singular configuração em “D” e a inclinação de um anfiteatro (facto que não conseguimos esquecer quando caminhamos, acreditem). Três elementos se destacam: a alvura de La Fonte Gaia, o Palazzo Pubblico e a sua célebre Torre del Mangia
Estamos a falar de uns incríveis 102
metros de altura, que se traduzem em 503 degraus, que a tornaram numa das
torres mais altas da Itália medieval. Curiosidade: Foi construída para ter a
mesma altura da torre da catedral, como sinal de que igreja e governo tinham o
mesmo prestígio. Del Mangia, no entanto, acabou por ficar mais alta do que a Duomo.
Bem se é a mais alta da idade média não
nos vamos poupar a esforços.
No início da escadaria um dístico desaconselha a subir idosos, crianças e pessoas com problemas cardíacos. Se calhar é por isto que não há necessidade de fazer reservas de bilhetes, pois não há filas.
Nada que nos intimide. Caso queiram vir connosco, preparem-se para uma caminhada cansativa. A dada altura os degraus parecem não nunca acabar e o espaço é um bocadinho claustrofóbico.
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