Deixamos Pavia para trás e encetamos uma caminhada por uma longa e recta estrada ladeada por arvores, qual cenário cinematográfico, até um dos mais importantes pontos turísticos do norte da Itália: A Certosa de Pavia, um mosteiro da ordem dos cartuxos, um conjunto arquitetónico enorme, dominado pela imponente igreja.
Fundada no fim do século XIV por ordem da poderosa família milanesa Visconti, a Certosa teve sua construção concluída apenas no século XVI. A fachada harmoniosa da igreja, riquíssima em detalhes, é uma obra-prima da arquitetura renascentista lombarda. Projetada em estilo gótico, é dividida em três naves e toda a sua arquitetura é inspirada, mesmo que em dimensões reduzidas, na Duomo de Milão.
Os cartuxos são uma ordem silenciosa, de reclusão, ascetismo e simplicidade e nenhum monge pode falar ou é avistado quando a Certosa obre ao publico. Produzem, no entanto, produtos conventuais vendidos numa pequena loja dentro das instalações como forma de auferir algum rendimento.
Para estar ao balcão, e dado que estes monges não podem interagir, estava um gorducho simpático, muito contente por ser franciscano e poder falar… e se falava! Entre as bolachas, licores e tisanas ainda encontrou tempo para aconselhar os melhores enquadramentos para as minhas fotografias.
O esplendor e exuberância do edifício, repleto de obras de arte, são difíceis de descrever de forma a fazer justiça: são pinturas, esculturas e até mesmo mosaicos feitos com pedras semipreciosas.
Muito interessante é também o pequeno claustro, onde há um bem cuidado jardim, e o grande claustro, um amplo espaço ladeado por um corredor com colunas.
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