Tudo começa quando avisto a escultura metálica com duas mãos gigantes: Monumento di Caduti per Servicio. Significa que cheguei a Como. A minha definição de sonho.
Tal como perseguimos um sonho, já voltei a Como várias vezes, não sei quantas, porque não conto, apenas penso: Cheguei!
Nunca desiludiu. O que fascina não é a reputação ou a fama do lago, essa até era dispensável, mas ele é, efectivamente, o mais belo lago de Itália. Um paraíso natural, embelezado por “villas” opulentas, jardins floridos, oliveiras e glicínias e marcado pela água cristalina que varia entre tons de verdes e azul.
Rodeado de altas montanhas, que se impõe em todo o horizonte, estas águas têm origem glaciar, ou seja, resultam do degelo das camadas de neve dos alpes, o que lhes dá características muito próprias.
É deslumbrante! Existe a ideia que os melhores dias para fotografar são aqueles com menos sol pois o reflexo na água não deixa ver a sua verdadeira cor. Não sei se concordo. Neste dia acordámos com uma manhã ensolarada, de céu azul brilhante, que não ofuscou a beleza nem das fotos nem da nossa visita… e se ficámos extasiados com o local.
Para uma primeira visita a melhor maneira de conhecer realmente o lago é de barco. Ao contrario da viagem de estrada, que nem sempre contorna a linha de água, o barco consegue fazer-nos sentir um espectador enquanto desfilam diante dos nossos olhos as lindas encostas com as pequenas cidades ou vilarejos e permite ver cada detalhe da margem, como os cais de embarque, enquanto o vento nos afaga o cabelo.
Mas Como merece ser apreciado e vivido de todas as formas. Findo o passeio náutico foi só caminhar pela margem para a direita e, em poucos passos, chegámos à estação do funicular Como-Brunate. Datado do final do século XIX, demora 7 minutos até à vila de Brunate, no topo da montanha, a 716 metros de altitude. Um pequeno vilarejo com engraçadas casinhas de pedra. A vista lá do alto do Lago di Como, emoldurado pelos majestosos Alpes, é magnifica.
Para uma vista ainda mais espetacular, chegando em Brunate, e depois alguns minutos de caminhada (cerca 2 quilómetros sempre a subir), chegamos ao Farol Voltiano, construído no ano de 1927, que oferece uma vista imbatível, de 360º, do Lago e dos Alpes.
Dica: Como fica
a 50 quilómetros de Milão e a oferta da Trenitalia, a partir da estação
de Milano Centrale, é frequente durante todo o dia, e considero a melhor
forma de transporte, já que chegados ao lago não necessitamos de automóvel.
Dica: A
empresa Gestioni Navigazione Laghi
- https://www.navigazionelaghi.it/
- funciona todo o ano, porém no Inverno a oferta é mais reduzida e não vai a
todas as estações, pelo que, de acordo com o mês que se viaja, é preciso ver
qual as carreiras em vigor no link acima.
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